sociedade brasileira: formação e desenvolvimento

Nêmesis(*)

Polícia Federal vai pra cima da mais nefasta quadrilha que já atuou no Brasil: Bolsonaro e personalidades diversas, civis e militares, todas com níveis variados de responsabilidade constitucional, conspiraram e agiram para fazer regredir o Brasil à condição de republiqueta de traficantes.
Acompanhe as principais matérias sobre a ação autorizada pelo STF e que pode agora levar suas lideranças à cadeia.

(*) Na mitologia grega, o castigo dos deuses contra a prepotência, a arrogância e a presunção do poder sem limites

Cenas monstruosas protagonizadas por gente da pior espécie, com e sem farda.

O Brasil precisa escorraçar essa turma do convívio social e político...

Se tiver estômago, assista a versão integral. Se não tiver, acesse a análise de Mônica Bergamo (Folha) sobre os principais trechos da gravação que pode selar o destino de Bolsonaro e de seus comparsas

Tempus Veritatis

Notícias: G1: # Podcast: a trama golpista # Vídeo é a prova de toda a conspiração # O que as investigações revelam # PF encontra na sede do PL documento com justificativa para o Estado de Sítio # Bolsonaro pediu ajustes na minuta golpista, que previa prisões de Moraes e Gilmar # Em reunião gravada, Bolsonaro pediu disseminação de fake news # Heleno fala em "virada da mesa" antes das eleiçõesCarta Capital: # Como eram divididas as funções no núcleo bolsonarista que tramava o golpe. Intercept: # A casa de Bolsonaro vai cair # O que se sabe sobre a arquitetura do golpe de Bolsonaro. Uol: # Mourão continua conspirando e deputados acionam PGR e STF contra ele. Estadão: # Mourão recua, mas continua protegendo golpistas # PF fecha cerco a Bolsonaro e ainda apura elo do ex-presidente com o 8/1 # Neto de João Figueiredo (o ditador que disse preferir cheiro de cavalo a cheiro de povo) está envolvido na conspiração de Bolsonaro.

Análises: # Ana Clara Costa (piauí): Como Valdemar Costa Neto conspirou contra as eleições # Sérgio Lirio (Carta Capital): Chegou a hora dos mandantes? # Kotscho (Uol): Vídeo é bala de prata contra Bolsonaro # Torres Freire (Folha):  PF conta parte do golpe, mas falta mostrar muito mais # Reinaldo (Uol): Já há elementos para a prisão  de Bolsonaro # Brígido (Uol): Por que  Bolsonaro não foi preso até agora? # Glauco Faria (Outras Palavras): 1. O golpe desmascarado. 2. O caminho que leva Bolsonaro à prisão # Gaspari (Folha): # O golpinho de Jair Bolsonaro # Rafael Mafei (piauí): Bolsonaro nas entranhas do golpe.

Diretas Já! 40 anos

Leia tudo: # Há 40 anos, Brasil se vestia de amarelo pela volta da Democracia (Ricardo Kotscho) # "Eu quero votar para presidente". Uma análise sobre a Campanha das Diretas (Edison Ricardo Emiliano Bertoncelo, Scielo) # Diretas Já! A busca pela democracia e seus limites (Vanderley Elias Nery, Lutas Sociais) # 40 anos do movimento Diretas Já! (Podcast: entrevista com o Prof. Milton Lahuerta,  Jornal da Unesp) # Quarenta anos das Diretas Já! (Valério Arcary, A Terra é redonda)

# Na imagem da RBA, o 25 de janeiro de 84,  Praça da Sé, São Paulo, multidão nas ruas repudiou a ditadura, e deu início à campanha das Diretas Já! O movimento, sem ser vitorioso naquilo que exigia, foi vital para o fim do regime militar

# Na foto postada por Fernando do Valle, Brizola e Lula: determinação e coerência na liderança da histórica campanha das Diretas Já!, em 1984. Movimento marcou a força da sociedade civil sobre o estado militarizado.

Leia também # Segue a desigualdade explosiva (Paulo Kliass, GGN)

Triplica a renda da elite brasileira e mais pobres continuam na penúria


A renda das 15 mil pessoas pertencentes ao topo da pirâmide social no Brasil cresceu nos últimos anos até o triplo do ritmo observado entre o restante da população, elevando a concentração da riqueza ao fim do governo Jair Bolsonaro (PL). Entre essa elite, que representa 0,01% da população, o crescimento médio da renda praticamente dobrou (96%) entre 2017 e 2022.Enquanto isso, os ganhos da imensa maioria da população adulta (os 95% mais pobres) não avançaram mais do que 33% —pouca coisa acima da inflação do período (31%). Clique aqui para continuar a leitura.

Adriana Fernandes, Folha

A conclusão está em nota técnica elaborada pelo economista Sérgio Gobetti, publicada pelo Observatório de Política Fiscal do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

É o primeiro cálculo da concentração no topo da pirâmide no Brasil feito após a divulgação de dados mais detalhados das declarações do IR (Imposto de Renda) pela Receita Federal.

Com essas informações, foi possível verificar quanto ganham as pessoas mais ricas do país e comparar com a evolução da renda de todos os brasileiros, apurada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Ao ampliar a análise para identificar a renda do grupo 0,1% mais rico, formado por cerca de 154 mil pessoas, Gobetti constatou que ela cresceu em média 87% entre 2017 e 2022. O ganho mensal desses brasileiros subiu de R$ 236 mil para R$ 441 mil nos cinco anos do levantamento.

Na fatia 1% mais rica, o crescimento também foi alto, de 67%. Entre os 5% com mais ganhos, de 51%.

Para o economista, os cálculos preliminares apontam que a concentração chegou a níveis inéditos.

"Ao que tudo indica, o nível de concentração de renda no topo bateu um novo recorde histórico, depois de uma década de relativa estabilidade da desigualdade", afirma o economista.

Gobetti ressalta que a proporção do bolo da renda nacional apropriada pelo 1% mais rico da sociedade brasileira cresceu de 20,4% para 23,7% —ou seja, mais de três pontos percentuais, o que é considerado muito para um período tão curto de tempo.

Segundo o estudo, a concentração de renda ocorre principalmente entre aqueles que ganham acima de R$ 140 mil mensais líquidos. A fatia do bolo que fica com esse grupo cresceu de 9,2% para 11,9% ao fim dos cinco anos marcados pela pandemia e pelo governo Bolsonaro.

Entre os fatores que explicam o crescimento da renda na elite, Gobetti destaca dois em especial: os ganhos com a atividade rural (parcialmente isentas), que cresceu especialmente entre os mais ricos, e o aumento do valor distribuído em forma de lucros e dividendos, que passou de R$ 371 bilhões em 2017 para R$ 830 bilhões em 2022.

A revogação da atual isenção sobre dividendos é o principal ponto da proposta de reforma da tributação da renda que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve enviar até março para o Congresso, conforme previsto pela emenda constitucional da reforma recentemente promulgada.

A emenda deu prazo de 90 dias para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviar a reforma da renda e do patrimônio e 180 para a proposta de regulamentação das mudanças nos impostos sobre o consumo, aprovadas no final do ano passado pelo Congresso.

As duas propostas devem disputar espaço nas negociações do Congresso. Interlocutores do governo admitem que a votação das mudanças no IR pode ficar para 2025.

Haddad quer reformar o IR para eliminar as brechas de elisão usadas pelos mais ricos e, ao mesmo tempo, aumentar a arrecadação sobre a renda. Unir o útil ao agradável, como afirmam os técnicos do Ministério da Fazenda.

Crônica de um país assassinado (Jurandir Freire)